quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A Beleza Está No Interior!

Small Thor

Você não tem a mínima idéia de quantas vezes eu escrevi e reescrevi esse texto…
Nunca imaginei que teria tanta dificuldade em explicar essa diferença sem me aprofundar em teorias da física.
Não quero fazer desse texto uma chatice! E correr o risco de perder seguidores…
Darei um salto deixando para atrás os conceitos básicos da física e a diferença entre uma caixa Bass-reflex e uma QWR/TL, pelo menos uma QWR/TL clássica.
Caso alguém queira se aprofundar nesse início, please let me know, Ok?
Vamos lá...
Uma olhada rápida no desenho da Small Thor, o levará ao pecado de dizer que se trata de uma bass-reflex. Afinal o desenho é muito parecido e isso confunde.
Mas é por dentro que ela se revela e se diferencia.
E se você olhar com mais atenção o gabinete mais parece com um tubo/cano (ou pipe como preferir), onde o início é o topo da caixa. Se o fundo fosse aberto, este tubo estaria projetado para responder ou ressonar em aproximadamente 70Hz.
Voight Pipe
Aí é que está o macete… Como não é interessante ter uma caixa que responda somente a 70Hz, o Martin teve a sacada de fechar o fundo e colocar um pórtico, igual ao usado na bass-reflex. A massa de ar que é descarregada pelo pórtico dá uma carga adicional nas freqüências baixas. Que neste caso pode alcançar freqüências abaixo de 30Hz.
A Small Thor usa com bastante propriedade a teoria desenvolvida pelo medico e físico alemão Dr. Helmholtz, a Ressonância de Helmholtz.
Para encurtar, esse senhor “brincou” de assoprar no gargalo de garrafas e descobriu que ele podia variar os tons de uma nota, aumentando ou diminuindo o tamanho do gargalo. Ou seja, ele podia determinar a freqüência de uma onda sonora aumentando ou diminuindo o comprimento ou diâmetro do pórtico.
Helmholtz Ressonator
Então, de um lado nós temos a bass-reflex, um gabinete não ressonante e com um pórtico ajustado para determinada freqüência. Do outro temos a ML-QWR/TL (ML de Mass Load), um gabinete desenhado para ressonar violentamente nos múltiplos de uma freqüência determinada e turbinado com um pórtico que estenderá a resposta das freqüências mais baixas.
Esse conceito é novo e gera muita confusão.
Mas eu tenho um exemplo de uma caixa comercial que usa esse princípio, apesar de o fabricante insistir em se tratar de uma bass-reflex. É a ProAc D25. Famosa pela clareza na resposta da região media e por um grave natural, extenso e profundo. Isso mesmo, as características de uma QWR/TL…
Fique ligado que no próximo post irei falar da configuração D’Appolito.
[]s
Mutuano

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